tive a ilusão
de ser rockstar,
um amante dândi
de Rimbaud ou Wilde,
tive a ilusão
de ser intelectual,
apóstata delirante,
tal Diógenes,
Nietzsche,
e Dante
enfim acordei em São
Paulo sendo um entre onze
milhões de perdidos
entre carros e estradas,
guiando para o nada.
enfim acordei e são
vagas minhas palavras.
nada sou,
e nunca serei,
do nulo encubro
e dele sou rei.