Sumi na curva do mundo
indigente viado aidético imundo
subi na calda de uma estrela cadente
e na boca do universo vendi os dentes
sumi demais na frente de todos
um fantasma tão crente nos tolos
Anormal sensitivo chorei
lágrimas diamantes sintéticos
e uma língua amarga de prata
para lamber todos corpos sudorese paulistas de verão
Eu sou menos demais e quem olha nem vê
três copos de cachaça nega fulô e um amor de cinco segundos
quando o metro for embora sobrará somente
o vazio e a lembrança
é mais do que o mundo
merece.